O Canal do Sertão já percorre mais de 123 quilômetros pelo Sertão alagoano, e não é difícil encontrar, nesse percurso, pessoas com sorriso largo, o suor do trabalho escorrendo pelo rosto e disposição para trabalhar cada vez mais. O que antes era tormento por não saber como irrigar as plantações, alimentar os animais e até mesmo o que comer, hoje é a certeza de que a vida melhorou consideravelmente.
 

 

Em Senador Rui Palmeira, distante mais de 230 quilômetros da capital Maceió, os pequenos agricultores comemoram a abundância de água, mas sem esquecer de um passado recente de seca e de sede. Aos 62 anos, José Eraldo continua desenvolvendo as atividades na agricultura familiar e o Canal do Sertão tem participação fundamental. Cuidadosamente, o agricultor instalou bombas d'água que irrigam a produção, ajuda no plantio, colheita e consumo familiar.


 

 
 

“Tem sido uma felicidade imensa para nós que tiramos o sustento da terra. O Canal do Sertão me possibilita irrigar a plantação. Comprei umas pequenas bombas d´água, algumas mangueiras e hoje consigo aguar o terreno, plantar e colher. Quando não tínhamos a água do Canal do Sertão, era preciso comprar água tanto para beber quanto para produzir. O que consigo plantar e colher, eu abasteço a minha casa com alimentos. Tenho fé que a continuidade desta obra vai nos possibilitar avançar ainda mais na agricultura e, em breve, o nosso plantio poderá se transformar em renda”, projeta o agricultor.

 

O pequeno agricultor conta que agora conseguiu diversificar sua produção, ampliando os tipos de frutas, verduras, raízes e legumes e sua propriedade. “Antes, o que eu produzia aqui era macaxeira e inhame, que são mais fáceis de manejar com pouca água. Hoje, tenho mamão, pepino, melancia, melão, milho, pimenta acerola e pitanga, entre algumas outras coisas que planto e que dão o meu sustento”, conta, todo orgulhoso. “O que ganho hoje paga as minhas contas, compro a minha cachacinha e vivo feliz”, complementa, sorridente.

 


 


 

Não tão distante da casa de José Eraldo, mora Maria Mercês Xavier, dona de casa de 52 anos. Ela conta que já presenciou momentos de estiagem, cortes recentes em benefícios sociais, e dificuldades para comprar alimentos considerados importantes para refeições saudáveis, a exemplos de frutas e verduras. Com o Canal do Sertão nas proximidades, ela tem visto mudanças que geram impacto positivo em sua família.
 

 

“O nosso Sertão não tinha nada disso. Com a chegada dessa água para a gente que vive essa realidade, está tudo ótimo. Eu não tenho terreno para plantar, mas já percebi que os produtores locais estão multiplicando o plantio e isso é bom, porque o que é produzido aqui, nós compramos com mais facilidade e ainda a um preço mais barato, mais em conta. Em outros locais, o valor dos alimentos acaba sendo mais caro”, considera.

 

Graças ao desenvolvimento das obras do Canal do Sertão, que amplia o acesso à água na região, dona Maria Mercês já visualiza uma variedade na produção de alimentos em sua comunidade.

 

“Vejo que os alimentos que estão sendo vendidos aqui estão se multiplicando e conseguimos comprá-los. Nós que temos poucas condições financeiras, não podemos pagar tão caro por comida”, ressalta dona Maria Mercês, fazendo referência à faixa da população que tem à sua disposição auxílios sociais como o Bolsa Família, e destina o valor recebido à aquisição de alimentos para o sustento familiar.

 

Alívio no bolso e ajuda na produção

 

A mudança no cenário socioeconômico também chegou para moradores da cidade de São José da Tapera. Antes de ter acesso à água do Canal do Sertão, o agricultor Maciel de Oliveira, de 36 anos, chegou a tirar do bolso uma grande quantia para poder obter um recurso importante ao sustento familiar.

 


 

 

 

Cheguei a pagar R$ 300,00 por caminhão-pipa. Era muito difícil plantar e produzir, porque dependíamos das chuvas e do caminhão-pipa. Todo o meu dinheiro com a produção era destinado a pagar pela água, mas com o Canal do Sertão essa dificuldade está sendo superada. Hoje consigo pagar as minhas contas tranquilamente e até contratar um ajudante na produção”, revela o agricultor.

 

Maciel de Oliveira também considera fundamental que os governos assegurem o prosseguimento das obras do Canal do Sertão. “Esse Canal é uma bênção para nós, moradores do Sertão. O governador Paulo Dantas, o presidente Lula, estão seguindo com as obras e quanto mais as pessoas tiverem acesso à água, mais poderão produzir e tirar o seu sustento”, completa.

 

Encurtando distâncias para acesso à água


 

 

Aos 17 anos, Gabriel Silva, morador de São José da Tapera, praticamente vizinho ao Canal do Sertão, chegou a percorrer dois quilômetros com seu pai para buscar água do rio, e posteriormente retornar para casa. Hoje, a água está nas proximidades de sua residência.

 

“Andávamos dois quilômetros todos os dias para buscar água do rio, que servia tanto para nossa casa, quanto para os nossos animais. Era muito sofrido, mas hoje temos praticamente na nossa porta. Meu avô teve o terreno cortado pelo Canal do Sertão e agora utilizamos a água para as nossas plantações, consumo e para os animais. Tudo mudou, tudo melhorou”, comemora Gabriel.

 

Salvando famílias do sofrimento da seca

 


 

Os agricultores Jarbas Pereira e Henrique José, tio e sobrinho respectivamente, são plantadores de palma e milho no município de Senador Rui Palmeira e vivenciam uma nova realidade social e econômica que impacta positivamente no sustento familiar.
 

 

“Muitas famílias tiveram as suas vidas transformadas pelo Canal do Sertão. Conseguimos ampliar a produção de palma e milho, aumentamos as nossas vendas e isso nos traz uma alegria muito grande. O que antes era quase impossível, agora é um sonho realizado”, diz Jarbas.

 

A grandiosidade da obra e o humanismo do Governo de Alagoas em assegurar mais investimentos para continuidade do Canal do Sertão também são destacados por Henrique José. “Nunca vimos algo tão grandioso e valioso como isto [apontando para o Canal do Sertão]. O governador [Paulo Dantas] e o presidente [Lula] estão salvando milhares de famílias da seca e do sofrimento da estiagem", reforça. 

 

No PAC, a ampliação da extensão da obra

 


 

A continuidade deste empreendimento está inclusa no Programa de Aceleração do Crescimento, do Governo Federal, em sua terceira fase (PAC 3), graças à responsabilidade social, fiscal e de gestão no governo de Paulo Dantas.

 

 

O Trecho 5 do Canal do Sertão alagoano vai se estender do Km 123,4 ao Km 150, abastecendo milhares de famílias residentes nos municípios de São José da Tapera, Monteirópolis e Olho D’Água das Flores. Quanto aos investimentos do Governo Federal nesta etapa, o custo da obra ultrapassa os R$ 565 milhões. A continuidade das obras do canal vai beneficiar aproximadamente 280 mil habitantes de 19 municípios.