PM desaparecido é encontrado morto com sinais de tortura causados pelo 'Tribunal do Crime'
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PM desaparecido é encontrado morto com sinais de tortura causados pelo 'Tribunal do Crime'

Polícia Civil afirmou que policial militar passou por sessões de tortura antes e depois de morrer

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Rodrigo Fernandes

Publicado em 21/05/2024 às 10:55
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O soldado da Polícia Militar, Luca Romano Angerami, que estava desaparecido há mais de um mês, foi encontrado morto na manhã da última segunda-feira (20). O corpo dele estava enterrado na comunidade Vila Baiana, no Guarujá, em São Paulo.

De acordo com a Polícia Civil, o militar teria passado pelo chamado "Tribunal do Crime", sendo submetido a sessões de tortura antes e depois de morrer.

"Além do homicídio houve sequestro, cárcere privado e tortura […]. Esse policial militar foi submetido ao chamado tribunal do crime", afirmou o delegado Fabiano Barbeiro, da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic).

O delegado também apontou que Luca teria sido morto "simplesmente pelo fato de ser policial, e por estar no lugar errado na hora errada".

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O corpo da vítima não estava em estado de decomposição, possibilitando sua identificação por meio das tatuagens que possuía.

O cadáver ainda passará por exames do Instituto Médico Legal (IML), o que permitirá descobrir o que causou e quando ocorreu a morte do PM.

Soldado desaparecido

O PM Luca Romano Angerami foi visto pela última vez perto de uma "biqueira" — um ponto de tráfico de drogas — no Guarujá, na madrugada do dia 14 de abril.

Câmeras de monitoramento filmaram o militar, acompanhado de um homem, próximo ao local. Eles entram em uma rua e não são mais vistos na gravação.

No dia 18 de abril, a polícia prendeu o homem que aparece nas imagens ao lado de Luca. Ele foi identificado como Carlos Vinicius Santos da Silva, de 26 anos, e foi preso na Avenida das Acácias após mensagens de celular comprovarem a participação dele no crime.

Depois da prisão de Carlos, outras sete pessoas foram presas pelo envolvimento na morte do PM.

Eles são suspeitos de participar do crime de diferentes formas, como dirigir o carro que levou o policial até a comunidade, ter ficado com a arma dele, de ser o dono da biqueira e de abandonar o carro de Luca.

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