O governo dos Estados Unidos está incentivando os países árabes a formarem uma espécie de coalizão para a “manutenção da paz” que seria enviada à Faixa de Gaza, assim que a guerra entre Israel e Hamas terminasse, na esperança de preencher um vazio no enclave até que seja estabelecido um aparelho de segurança palestiniano credível.
Segundo o “Financial Times”, o Egito, Emirados Árabes Unidos e Marrocos estão considerando a iniciativa, mas o presidente Joe Biden não está disposto a enviar tropas americanas para o enclave, disseram autoridades ocidentais e árabes.
“Os países árabes disseram que a medida deveria ser liderada pelos EUA, então os EUA estão tentando descobrir como podem liderar isso sem ter tropas no terreno", disse um oficial ocidental ao jornal britânico.
"Três estados árabes tiveram discussões iniciais, incluindo Egito, Emirados Árabes Unidos e Marrocos, mas eles gostariam que os EUA reconhecessem primeiro um Estado palestino", completou.
Outros países árabes, incluindo a Arábia Saudita, rejeitaram a ideia de enviar suas tropas pelo receio de serem vistos como cúmplices de Israel e cautelosos com os riscos de serem arrastados para conflitos na região, que tem sido controlada pelo Hamas desde 2007,
No entanto, eles se tornaram mais abertos à ideia de uma força internacional operando na Faixa de Gaza, à medida que os países ocidentais e árabes lutam para encontrar uma alternativa viável à permanência das tropas israelenses lá.
Enquanto isso, o ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Micheál Martin, confirmou, hoje, que o país irá reconhecer a Palestina como Estado neste mês, durante uma entrevista à rádio “Newstalk”.. "Estaremos reconhecendo o Estado da Palestina antes do final do mês. A data específica ainda está em discussão, pois ainda estamos em negociações com alguns países em relação ao reconhecimento conjunto", afirmou.