Na véspera, o chefe da Agência Nacional de Gestão Eleitoral do país centro-africano, Ahmed Batchiret, anunciou que Debi Itno tinha o apoio de 61% dos eleitores, contra 18,5 porcento de Masra.

O antigo primeiro-ministro Alber Pahimi Padacké ficou em terceiro lugar com 16,9 pontos, segundo o organismo eleitoral, citado pelo site Tchadinfos.

Pouco antes de serem conhecidos os resultados preliminares das eleições de dia 6, o atual chefe do governo proclamou-se vencedor, considerando que os dados recolhidos pelos seus representantes nas assembleias de voto o justificavam.

Masra apelou aos seus apoiantes para que se manifestassem e exigiu que os resultados do escrutínio, que mobilizou cinco mil polícias para garantir a segurança, fossem tornados públicos.

Entretanto, as autoridades da capital comunicaram a morte de pelo menos nove pessoas devido a balas perdidas disparadas por soldados satisfeitos com a possível vitória de Deby Itno, membro da Coligação para um Chade Unido e filho do falecido Idriss Deby Itno.

Em 2021, com a morte de Idriss Deby em combate com os rebeldes, o seu filho, agora com 40 anos, assumiu a presidência de transição.

Masra, também com 40 anos, candidatou-se com o nome de Les Transformateurs e foi apoiado por uma aliança de mais de 30 grupos políticos, como o Justiça e Igualdade.

Alguns meios de comunicação social locais noticiaram a recente partida das tropas francesas e norte-americanas do Burkina Faso, do Malo e do Níger, na sequência da chegada de governos de transição liderados por militares a esses países.

As potências ocidentais estão aparentemente a procurar uma melhor posição no Chade, um dos países africanos com maior potencial militar na região, segundo os especialistas.

mem/to/glmv