A Blue Origin, empresa de foguetes do bilionário Jeff Bezos, deve voltar a fazer voo com tripulantes após quase dois anos parada. A missão, marcada para este domingo, 19, às 10h30 (horário de Brasília), promete levar seis pessoas ao espaço em uma viagem de aproximadamente 10 minutos.
Batizada de NS-25, a missão marca o retorno das missões tripuladas com a nave New Shepard. O voo suborbital, que tem como objetivo passar da Linha de Kárman a 100 km de altitude, vai permitir que os passageiros experimentem a sensação de gravidade zero por alguns minutos. Este será o 25º lançamento de um foguete da Blue Origin e o 7º com passageiros.
O último voo com tripulantes da Blue Origin ocorreu em junho de 2022. Dois meses depois, um foguete da empresa explodiu por conta de uma falha logo após o lançamento, sem feridos, pois a nave não estava tripulada. A partir desse incidente, a empresa teve que realizar uma série de correções em seu modelo de foguete, sendo que o primeiro voo de teste sem tripulação após as modificações aconteceu em dezembro de 2023.
A tripulação da NS-25 será composta por seis pessoas, incluindo Ed Dwight, o primeiro negro a se candidatar a astronauta nos EUA. Dwight, nunca foi selecionado pela NASA para sair de órbita, mas agora, aos 90 anos, ele pode se tornar a pessoa mais velha a chegar ao espaço, superando o recorde do ator William Shatner, que viajou com a mesma idade, mas com meses a menos.
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Os outros passageiros incluem os empresários Mason Angel, Sylvain Chiron e Kenneth L. Hess, a contadora aposentada Carol Schaller e o piloto de aviões Gopi Thotakura. A Blue Origin destacou a diversidade da tripulação e a importância histórica do voo para a inclusão e representação no setor espacial.
Com Elon Musk na corrida para chegar ao espaço, com sua empresa Space X, Bezos não quer ficar para trás e está investindo no lançamento de foguetes. Em julho de 2021, a Blue Origin realizou um voo histórico que levou Jeff Bezos, seu irmão Mark Bezos, Wally Funk e Oliver Daemen ao espaço, porém suas missões haviam sido suspensas devido ao acidente de setembro de 2022 e, com isso, a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) exigiu uma investigação e determinou que a empresa fizesse 21 correções no foguete New Shepard antes de retomar os voos.
*Alice Labate é estagiária sob supervisão do editor Bruno Romani
