Maioria optou por corte menor da Selic porque cenário esperado não se confirmou, diz ata do Copom | Finanças | Valor Econômico
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Por , Valor — Brasília

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) mostrou que a maioria dos membros considerou apropriado reduzir a taxa Selic em 0,25 ponto percentual (p.p.) por considerar que o cenário econômico esperado não se confirmou. O Copom reduziu a taxa Selic de 10,75% para 10,5% ao ano na semana passada.

Segundo a ata, esses membros consideraram que o cenário não foi confirmado em função da “desancoragem adicional das expectativas, da elevação das projeções de inflação, do cenário internacional mais adverso e da atividade econômica mais dinâmica do que esperado”.

Para esses membros da maioria, o "forward guidance" (sinalização) indicado na reunião de março, de que a Selic seria reduzida em 0,5 p.p. sempre foi condicional e “houve alteração no cenário em relação ao que se esperava”.

Na avaliação desses membros, o risco de perda de credibilidade sobre o compromisso com o combate à inflação e com ancoragem das expectativas é “muito mais importante” do que “eventual custo reputacional de não seguir um guidance, mesmo que condicional”.

Os membros que votaram pela redução de 0,25 p.p foram o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os diretores Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Otávio Ribeiro Damaso e Renato Dias de Brito Gomes.

Riscos assimétricos

A ata do Copom mostrou ainda que alguns membros do colegiado "observaram mérito no debate de um balanço de riscos assimétrico para cima".

O balanço de riscos foi mantido, assim como na reunião anterior, com fatores em ambas as direções. Entre os riscos de alta do cenário inflacionário e das expectativas, a ata destaca maior persistência das pressões inflacionárias globais e maior resiliência que a projetada na inflação de serviços "em função de um hiato do produto mais apertado".

Entre os riscos de baixa, a ata menciona uma desaceleração da atividade global mais acentuada do que a projetada e impactos mais fortes do que esperado do aperto monetário sincronizado na inflação global.

Assim, na avaliação do comitê, "as conjunturas doméstica e internacional devem se manter mais incertas, exigindo maior cautela na condução da política monetária".

Nessa discussão, alguns membros viram mérito no debate de um balanço assimétrico para cima ao avaliar que os fatores altistas "exibem, neste momento, peso superior aos baixistas, julgando, portanto, que o balanço de riscos está assimétrico".

Para esses membros do comitê, "a resiliência da atividade e a pujança do mercado de trabalho sugerem uma menor elasticidade do hiato do produto à política monetária, o que poderia induzir um processo de desinflação ainda mais lento".

Em outro ponto, sobre as condições monetárias, a ata pontuou que "em que pesem as condições monetárias restritivas", já se observa a transmissão do ciclo de afrouxamento para o mercado de crédito, "em linha com o que era esperado".

A ata apontou que alguns membros ressaltaram, no entanto, "que a recente elevação nas taxas de maior prazo pode levar a um menor dinamismo no mercado de crédito. Tais membros enfatizaram a importância dos vértices mais longos na curva de juros na determinação da oferta e da demanda de crédito".

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