A proeza de "Lord Byron"

O lema escolhido pela "Federação Internacional de Natação" para assinalar o seu centésimo aniversário (em 2008) foi "Water is Our World" ("A Água é o Nosso Mundo", em língua portuguesa). Ora, é claro que poderá também ter sido, ainda que de forma involuntária, uma espécie de alerta para as consequências das alterações climáticas que já então exigiam – e poderão vir a exigir cada vez mais no futuro – a adopção de competências técnicas como a habituação ao meio aquático ou o saber nadar. Mas, ainda muito ‘longe’ das referidas "alterações climáticas", também havia já quem estivesse habituado ao "meio aquático", soubesse "nadar" e assumisse que a água era o seu mundo. De facto, como refere o livro que a escritora Luísa Costa Gomes publicou há já alguns anos – "Afastar-se" (originalmente publicado em 2021) –, "Lord Byron", o poeta inglês que viveu entre 1788 e 1824, foi como que o fundador da natação de competição (em águas abertas, por assim dizer): "Completada a travessia do Helesponto [actualmente, o chamado "estreito de Dardanelos"], Byron confidenciou à mãe: "Tenho mais orgulho nesta proeza do que em qualquer outra glória, poética, política ou rectórica"".

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