Anna Jarvis: a mulher que inventou o Dia das Mães e se arrependeu profundamente - Mega Curioso

Anna Jarvis: a mulher que inventou o Dia das Mães e se arrependeu profundamente

11/05/2024 às 17:002 min de leituraAtualizado em 11/05/2024 às 17:00

O Dia das Mães, celebrado em muitos países no segundo domingo de maio, tem uma história intrigante por trás de sua criação. 

A data tão especial foi criada por Anna Jarvis, uma ativista que iniciou uma campanha para honrar todas as mães e seu papel na sociedade. No entanto, o feriado acabou se tornando o oposto do planejado originalmente, transformando-se em um fenômeno comercial que a deixou profundamente desiludida.

A origem altruísta do Dia das Mães

Ann Reeves Jarvis, mãe de Anna. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)
Ann Reeves Jarvis, mãe de Anna. (Fonte: Wikimedia Commons)

Anna Jarvis nasceu em 1864, em Webster (Virgínia), nos Estados Unidos. Ela era filha de Ann Reeves Jarvis, uma ativista comunitária dedicada ao trabalho social e ao cuidado de crianças, por isso, Anna cresceu em um ambiente influenciado pela dedicação de sua mãe à comunidade.

Após a morte da mãe, em 1905, Anna ficou determinada a honrar o legado deixado por ela. Ela começou uma campanha para criar um dia nacional dedicado às mães, inspirada pela dedicação e amor incondicional que Ann Reeves demonstrou ao longo da vida.

Anna organizou as primeiras celebrações do Dia das Mães no ano de 1908, em Grafton (Virgínia) e na Filadélfia (Pensilvânia). Sua escolha do segundo domingo de maio para o feriado foi uma homenagem ao aniversário da morte de sua mãe.

A vida de Anna Jarvis foi marcada por um forte senso de propósito e dedicação à sua causa. Ela não tinha filhos próprios, mas sua determinação em honrar todas as mães se tornou uma missão pessoal.

O conflito com a comercialização

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Anna Jarvis, a mulher que se arrependeu de criar o Dia das Mães. (Fonte: FPG/Getty Images)

Conforme o Dia das Mães cresceu em popularidade, Anna se viu em conflito com a crescente comercialização da data. O feriado rapidamente se tornou um sucesso comercial, com floristas, lojas e fabricantes de cartões aproveitando a data para aumentar as vendas. Ela lamentou profundamente ver o feriado se transformar em um evento comercial, distante de sua visão original de um momento íntimo e pessoal de gratidão e reflexão. 

Anna ficou cada vez mais frustrada como o feriado se desviou de sua visão original. Ela denunciou publicamente os floristas e as empresas que lucravam com a data, e até mesmo processou aqueles que usavam a expressão "Dia das Mães" sem sua permissão.

Ela se opôs tão veementemente à exploração comercial do feriado que até mesmo tentou rescindir sua criação, marcando sua vida pela luta contra a comercialização desenfreada da data que ela mesma criou. Embora o Dia das Mães seja hoje celebrado de várias maneiras, desde jantares especiais até presentes elaborados, vale a pena lembrar as origens humildes desse feriado e a paixão de sua fundadora por um reconhecimento simples e sincero do papel das mães na sociedade.

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