Apple poderá ser afetada por aumento de taxas dos EUA a produtos chineses - MacMagazine
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Apple poderá ser afetada por aumento de taxas dos EUA a produtos chineses

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Bandeiras da China

O governo dos Estados Unidos impôs e aumentou, nesta semana, tarifas sobre importações advindas da China de alguns setores. Veículos elétricos, aço, alumínio, baterias e seus condutores, minerais críticos e semicondutores estão entre os alvos da vertiginosa subida das taxas. Elas abrangem US$18 bilhões em produtos e a Apple corre o risco de ser, novamente, afetada pelas medidas e possíveis consequências.

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Os aumentos foram grandes e têm como justificativa o que os EUA chamam de superprodução da China, em especial de veículos elétricos. Ela estaria levando os preços de produtos chineses a níveis excessivamente baixos e, assim, potencialmente inundando e enfraquecendo outros mercados, o que é considerado uma prática comercial desleal.

No caso dos carros elétricos, as taxas foram de 25% para 100%, enquanto as de partes de baterias foram de 7,5% para 25%, como destacado pelo Financial Times. As tarifas cobradas pela importação de semicondutores e placas serão dobradas, enquanto as de alumínio, aço e baterias de lítio de veículos elétricos triplicarão.

Essa medida não é nova e foi usada com ainda mais intensidade durante o governo de Donald Trump, quando ocorreu uma guerra comercial entre os dois países, com sucessivas retaliações e imposições de tarifas. Na ocasião, a China ameaçou usar a Apple como parte da barganha em meio às disputas, já que a maior parte dos produtos da companhia é produzida no país.

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Alguns produtos da Maçã chegaram a ser tarifados, com ameaças de quedas de lucro e de inclusão dos iPhones e dos MacBooks no rol desses produtos. O ex-presidente Trump disse até mesmo que as empresas americanas deveriam fabricar seus aparelhos no próprio país, e não na China. Na época, a Apple pediu ao governo americano que reconsiderasse as medidas, já que elas afetariam demais os seus negócios.

O governo chinês reagiu às mais recentes imposições de tarifas afirmando que os EUA estariam buscando “suprimir” a economia chinesa, bem como que tomaria “todas as medidas necessárias para salvaguardar os seus legítimos direitos e interesses”. Ou seja, é possível que ocorram retaliações no futuro próximo — e, com as eleições americanas desde ano, o governo de Joe Biden não irá querer demonstrar fraqueza.

Ainda que a Apple esteja buscando diminuir a dependência em relação a fabricantes chinesas, o número de fornecedores advindos do país aumentou no ano passado, mostrando a dificuldade dessa empreitada. Desse modo, a companhia têm riscos sensíveis de ser afetada pelas disputas entre os países e possíveis retaliações, assim como outras medidas que ainda poderão ser tomadas pelo governo chinês.

via 9to5Mac

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