Uma tragédia, como a enchente no Rio Grande do Sul, impacta as pessoas de diferentes formas. Logo que eu soube, lamentei, é claro, mas pensei: "não quero nem ver, pois é muito sofrimento". Porém, dessa vez, eu não tive escolha porque ela tomou um tamanho gigantesco e não acabou em um dia, nem em uma semana. O fato de envolver cães e ter sido no sul, minha Terra Natal, me tirou do habitual campo de fuga. E, sendo assim, chorei junto do Brasil e do mundo.
Vimos os resgates e vibramos a cada cão socorrido, tirado das águas. De repente, entendemos que eles chegaram em terra firme, mas sem família e um lar. E é sobre isso que quero falar.
Achava que bastava
Todos os meus cachorros foram adotados. Nunca pensei em comprar um. Sempre tive consciência do número de animais à deriva. Ponto. Parava por aí o meu envolvimento com a causa animal. E, além do mais, eu podia encher o peito e dizer: adotei um cão com má formação congênita nas patinhas.
Acontece que a tragédia do Rio Grande do Sul nos tirou da bolha. Sim, nos fez sofrer por cada cão em cima do telhado das casas tomadas pelas águas. E, torcer por cada carinha dentro do barco rumo à nova chance.
Uma mera lista
Estou finalizando o e-book "Guia Pet Friendly São Paulo" e já havia separado uma página para ONGs. Nela estavam listados o nome dos locais de adoção. Mais uma vez, a minha parte estava feita.
Foi então que decidi que no livro, em parceria com a Prefeitura de São Paulo, via a Secretaria Municipal de Turismo, teria uma página inteira, com fotos, para cada ONG. Sei que não é muito, mas é melhor do que um simples nome com link. O e-book poderá ser baixado, sem custo, a partir do dia 16 de maio pelo site do Guia Pet Friendly.
Rumo ao sul
Na quinta-feira, um dia depois do lançamento do livro que será na quarta, 15 de maio, às 16h30 no Novotel Jaraguá, (participe, faça a sua inscrição aqui), embarcarei para Porto Alegre. Não dá mais para ver de longe. Espero trazer histórias e fazer com que outras pessoas, assim como eu, possam olhar com mais generosidade os animais de rua e das ONGs.
Sinto que um desejo de adoção foi despertado. Vamos resgatar um cão dos abrigos e não precisa ser das enchentes. Se cada um ajudar na sua cidade, o mundo ficará melhor. Espero que essa enxurrada, que devastou bairros e cidades leve nosso egoísmo embora e desperte o desejo de ajudar.