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Telefone fixo: quem ainda o utiliza? O passado, o presente … e o futuro.

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  • No passado, não era todo mundo que tinha telefone, inclusive havia o mercado de aluguel;
  • Na prédio da Telesp da Rua 7 de Abril filas enormes de interessados em uma linha telefônica;
  • O pretende recebia m carnê  para pagar até em 24 meses meses para ter um número de telefone;
  • Nas ruas, os orelhões públicos, com filas, e nos estabelecimentos comerciais pagava-se  no uso do telefone; e
  • Hoje todo mundo tem um número com o uso do celular, sem distinção de classe social e  com vários serviços embutidos.

Considerado um luxo no Brasil por muito tempo até se popularizar, o telefone fixo analógico começou a perder força diante da invenção e do imenso uso da internet e dos telefones celulares.

Apesar de cada vez mais raro nas residências, ele ainda tem possibilidades de aplicações, como afirma Marcelo Zuffo, professor do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) e diretor do Centro de Inovação InovaUSP.

Marcelo Zuffo

De acordo com o docente, as tecnologias concorrem entre si e, assim como o telefone fixo analógico representou um avanço em relação ao telégrafo, o mesmo ocorre com o surgimento da internet, fibra óptica e dos telefones celulares em relação à telefonia fixa.

Existem ondas sucessivas de tecnologias que se sobrepõem, nós vamos evoluindo como humanidade e a tecnologia vai democratizando e conseguindo escala, de tal forma que essa escala permite o barateamento e o acesso da tecnologia à população de forma geral”, complementa o professor Zuffo.

Ele explica que houve uma grande queda de preços dos telefones fixos e, juntamente com o fato de ele também servir como um endereço eletrônico das casas, podem servir como uma alternativa aos telefones celulares.

Contudo, afirma que a telefonia fixa tende a ser utilizada em aplicações muito específicas: “Ele tende a se extinguir ou atuar no que nós chamamos de aplicações de nicho. Normalmente no meio empresarial, na atividade do trabalho, esse telefone ainda existe, mas, no mundo pessoal e doméstico, ele está praticamente em extinção”, explica o professor.

Tecnologia futura

Zuffo explica que o telefone fixo analógico é uma forma de comunicação bidirecional através de fios de cobre, que transmitem sinais elétricos. Porém, o professor comenta que os fios de cobre estão sendo substituídos pela fibra óptica, já que esta possui uma capacidade de comunicação e transmissão de dados muito maior do que o cobre.

Essa evolução tecnológica permite, segundo o especialista, a criação de novos mecanismos de comunicação, como as videoconferências, já usadas atualmente, e até mesmo a telepresença, através de imagens tridimensionais.

Acredita-se que, no futuro, nós vamos transmitir imagens tridimensionais pelo fio, porque conseguimos transmitir mais informação pelo fio do que no mecanismo sem fio, que é a comunicação celular móvel”, acrescenta.

Apesar dos problemas que envolvem a falta de investimentos em infraestrutura de comunicações no Brasil, Zuffo comenta que pesquisas em 5G e telepresença já existem, tornando-se apenas questão de tempo para que esses avanços tecnológicos se popularizem.


<<Com apoio de informações/fonte — com autorização: Jornal da USP / Rádio USP >>