Bolsa de Nova York, na Wall Street -  (crédito: Carlos Delgado/Wikimedia commons)

Bolsa de Nova York, na Wall Street

crédito: Carlos Delgado/Wikimedia commons

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ADR (American Depositary Receipt) da Petrobras começou a quarta-feira (15) em forte queda no pré-mercado de Nova York, em resposta à troca de presidência da estatal na última noite.

 

Por volta das 8h40, os papéis desabavam 8,39%, com analistas interpretando a saída de Jean Paul Prates como um sinal ruim para o mercado e um indicativo de que o governo federal poderá intervir mais incisivamente na companhia.

 

 

Para o posto de Prates, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou a engenheira Magda Chambriard, que comandou a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) no governo Dilma Rousseff (PT).

 

 

"Fica um cheiro no ar de gestão ao estilo de Dilma, algo que vai ser importante acompanhar nos próximos meses. Não foi um bom sinal, considerando o que parecem ser as motivações para a troca de Prates", avalia o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale.

 

Na avaliação dele, a Petrobras segue sofrendo ingerências preocupantes por parte do governo, a política de precificação não está pacificada e há defasagens acumuladas de preços que terão que ser revistas. Ele ainda argumenta que se trata de mais um ruído do governo nos últimos meses: foi fiscal, monetário e, agora, na Petrobras.

 

Mais cedo nesta quarta, os ADRs desabaram 9,64%, com mínima de US$ 15,08.