Após morte cerebral, órgãos de homem de 39 anos são captados e devem beneficiar 5 pessoas | São Carlos e Araraquara | G1

Por g1 São Carlos e Araraquara


Após morte cerebral, órgãos de homem de 39 anos são captados na Santa Casa de São Carlos

Após morte cerebral, órgãos de homem de 39 anos são captados na Santa Casa de São Carlos

Após a morte cerebral de um homem de 39 anos, a Santa Casa de São Carlos (SP) fez a captação de coração, córneas e rins nesta quinta-feira (16). A doação deve beneficiar 5 pessoas.

A causa da morte e a identidade do paciente não foram divulgadas. A família autorizou a doação após a constatação da morte encefálica.

Com a liberação, a captação acontece imediatamente, já que alguns órgãos ficam ativos apenas por determinado tempo. Depois, são enviados para os pacientes receptores conforme a fila do Sistema Nacional de Transplantes e a compatibilidade dos órgãos do doador com o receptor.

Equipes fazem captação de órgão de paciente de 39 anos que teve morte cerebral em São Carlos — Foto: Santa Casa de São Carlos/Divulgação

O procedimento foi realizado por três equipes especializadas:

  • o coração foi captado pela equipe do hospital Albert Einstein;
  • os rins pelo Hospital das Clínicas (HC) de Ribeirão Preto;
  • as córneas pela equipe da Santa Casa.

Todos foram auxiliados e acompanhados por profissionais da Santa Casa, que teve o apoio da Prefeitura de São Carlos, da Guarda Municipal e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Captações múltiplas e fila de espera

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Em 2024, a Santa Casa realizou seis captações múltiplas de órgãos. Além disso, essa foi a segunda captação de coração, sendo a primeira realizada em março.

De acordo com dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde, 71.497 pessoas aguardam por transplante de órgãos e córneas no Brasil.

Em 2024, já foram realizados 8.943 transplantes no país.

Santa Casa de São Carlos — Foto: Divulgação

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Como ser doador

De acordo com a legislação brasileira, mesmo com a decisão da pessoa de doar os órgãos, em caso de morte, a palavra final é da família, ou seja, não é possível garantir efetivamente a vontade do doador. Sendo assim, o diálogo com a família e amigos é essencial para que o desejo seja respeitado, dizem especialistas.

Neste ano, o Conselho Nacional de Justiça e cartórios lançaram a campanha "Um Só Coração: Seja Vida na Vida de Alguém".

A iniciativa marca a regulamentação da Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (Aedo), que é uma forma eletrônica e gratuita de autorizar a doação dos órgãos, tecidos e partes do corpo.

Desenvolvida pelo Colégio Notarial do Brasil — Conselho Federal (CNB/CF), a Aedo tem o papel de facilitar e desburocratizar a manifestação de vontade de ser um doador de órgãos. Basta preencher um formulário pelo aplicativo de celular “e-notariado” ou pelo site: https://aedo.org.br/

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