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Publicado em 12/05/2024 as 1:00am

(Coluna Liza Andrews) Madonna: Amada e Odiada Rainha da Reinvenção

Aos 65 anos de idade, 40 de carreira, e —segundo rumores —preparando-se para se aposentar...

(Coluna Liza Andrews) Madonna: Amada e Odiada Rainha da Reinvenção Celebration Tour by Liza Andrews

Aos 65 anos de idade, 40 de carreira, e —segundo rumores —preparando-se para se aposentar dos grandes palcos, Madonna terminou o seu “Celebration Tour” no Rio de Janeiro, mesclando sucessos e looks das quatro décadas.

Por sua irreverência no modo de se comportar, vestir, dançar, defender causas polêmicas e a liberdade sexual, Madonna sempre foi um caso de “ame ou odeie.” A celebridade global possui por um lado, fervorosos críticos e haters; e por outro, fãs apaixonados, que a consideram a maior influenciadora de seus comportamentos durante a juventude.

Acompanhei ao vivo do Rio, esses dois lados da moeda, desde a chegada da cantora, na segunda-feira, 29 de abril, até o dia do show no último sábado. Apesar das duras críticas sobre o enorme gasto do governo para trazer a Rainha do Pop ao Brasil, (especialmente diante das notícias sobre as enchentes no Sul do país), a paixão pela estrela reinou.

A maioria dos fãs que entraram na adolescência e formaram suas identidades adultas ao som de “Like a Virgin,” “Material Girl” e “Like a Prayer,” não encheram a praia de Copacabana para assistir a um espetáculo. Estavam ali para prestar tributo à uma velha amiga— alguém que segundo entrevistados, era parte da família.

Segundo o CBN, R$ 39 milhões do custo do evento foram provenientes de investimentos exclusivos do setor privado, com 7 milhões vindos do Banco Itaú, que comemora 100 anos e ofereceu aos seus clientes lugares na área VIP em torno do palco. Os governos do estado e da prefeitura do Rio de Janeiro investiram R$ 10 milhões cada, e tiveram retorno no investimento que prometia um boom de turistas e a aceleração da economia. A semana inteira foi repleta de atividades ao longo da orla e na quinta-feira antes do show, todos os hotéis de Copacabana estavam lotados. Havia uma passarela ligando o Copacabana Palace, onde Madonna estava hospedada, ao palco montado na praia. Nas noites de quinta e sexta, Madonna apareceu de surpresa para ensaios, dando ao público devoto um gostinho do que estava por vir. Isto gerou ainda mais lucros para quiosques, comerciantes e restaurantes da região.

No dia do show, caminhei pelas areias de Copa, conversando com a audiência que ali acampava. Letícia, uma professora do interior de Minas Gerais, veio ao Rio pela primeira vez, trazendo a filha de 22 anos, que aprendeu a gostar das músicas de Madonna com a mãe. “Viajamos de ônibus e passamos a noite numa pousada para virmos pra cá bem cedo, e guardarmos um bom lugar.” Descobri que as duas tinham chegado ali às 7:30, e no calor que já se aproximava dos 30 graus centígrados, esperariam até às 22h, quando o espetáculo prometia começar. Perguntei à filha de Letícia o que gostava sobre a Madonna e ela riu. “Além dos mil talentos que ela tem, foi uma coisa pessoal. Moramos numa cidade de menos de 3.000 habitantes, que ironicamente se chama ‘Fama’. Saber que a maior estrela do mundo veio de uma cidadezinha em Michigan sempre me fez sentir que eu poderia fazer grandes coisas.” Outras pessoas ao redor, vindas de cidades brasileiras, ou do Chile e Argentina, contaram casos semelhantes. 

A estrela pisou oficialmente no palco no sábado, às 22:34 e arrancou aplausos por duas horas, quando disse adeus no último show do que pode ter sido sua última turnê mundial. Sem dúvida, foi um adeus ao maior público de toda a sua carreira: um milhão e seiscentas mil pessoas.

Amando-a ou odiando-a, uma coisa é incontestável sobre Madonna Louise Ciccone: ela é uma rainha da reinvenção. Desde que que saiu de Bay City, no interior dos Estados Unidos, como nada mais que outra sonhadora desbravando Nova Iorque, ela se tornou dançarina, compositora, cantora  produtora musical, atriz, diretora de cinema, escritora de livros infantis, e empresária. Além de ser uma das figuras com o maior impacto na cultura popular e constante compromisso com a versatilidade de suas produções musicais. Doa a quem doer.

Suas criações, que incorporam temas sexuais, religiosos, políticos e sociais, ultrapassam os limites da expressão artística na música e a tornaram uma das personalidades mais documentadas da era moderna, incluindo literatura, obras de arte, resenhas acadêmicas, e até uma subdisciplina acadêmica chamada “Estudos de Madonna.”

E falando em versatilidade e reinvenção, muitos não sabem que outros empreendimentos de Madonna incluem marcas de moda, trabalhos escritos, academias de ginástica e produção de filmes. Ela contribui para várias instituições de caridade, tendo fundado a Fundação Ray of Light em 1998 e a Raising Malawi em 2006, e defende a igualdade de gêneros e os direitos LGBTQ+.

Tendo vendido mais de 400 milhões de obras musicais em todo o mundo, Madonna é a artista feminina mais bem sucedida de todos os tempos, segundo o Livro dos Recordes. Tendo perdido sua mãe aos seis anos de idade ela diz, “A falta dela deixou um buraco dentro de mim que sempre me fez querer mais. Sem essa constante busca, eu não teria chegado onde cheguei.”

Que talvez, os críticos e os apaixonados concordem também sobre isso: o caminho que leva uma mulher ao topo é geralmente muito mais íngreme e perigoso que o percorrido por um homem. Madonna sem dúvida teve seus momentos controversos. Que de seus possíveis erros reste (principalmente às mulheres) a inspiração para seguirmos perseverando, ousando sermos criticadas, e nos orgulhando das conquistas, mesmo quando somos odiadas.

 



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