Mourinho se diz arrependido após recusar Portugal para ficar na Roma: "Cometi um erro" | futebol internacional | ge

Por Redação do ge — Lisboa


Demitido da Roma no começo do ano, José Mourinho se arrependeu de ter recusado um convite da seleção portuguesa para permanecer no clube italiano. Foi o que o treinador revelou em entrevista na qual citou ter sido "emocional" ao dizer "não" para a federação portuguesa, que optou por Roberto Martínez após a Copa do Mundo de 2022.

- O mais normal seria eu ter aceitado o convite de Portugal. Já aconteceu duas vezes, mas não no momento certo. Acho que fui emocional quando não aceitei a última e decidi ficar na Roma. Acho que cometi um erro, porque Portugal agora tem um dos três melhores times da Europa e um dos cinco melhores do mundo. Eu sabia disso, mas tinha uma grande ligação com a Roma e os torcedores. Não queria tomar essa decisão - disse Mou ao canal "EA Sports Korea".

Na época, quando Fernando Santos deixou o comando da seleção portuguesa, Mourinho estava no meio da segunda temporada com a Roma. Meses antes, havia conseguido levar o time da capital italiana ao primeiro título continental de sua história, conquistando a Liga Conferência. E estava no meio de uma boa campanha na Liga Europa, que terminaria com uma derrota na final, nos pênaltis, diante do Sevilla.

José Mourinho está sem clube desde janeiro — Foto: Getty Images

Segundo Mourinho, foi a segunda vez que ele recusou uma proposta da seleção portuguesa. A outra, de acordo com o "Special One", havia sido nos tempos de Real Madrid, quando tentou conciliar os dois cargos, mas foi travado pelo presidente Florentino Pérez. Agora, Mou aguarda uma nova chance para dizer "sim".

Portugal me quis duas vezes, e acho que vão querer uma terceira vez, um dia. E aí vou aceitar. Espero que tenha uma geração tão boa como a atual."
— José Mourinho

O treinador já indicou que está à espera de oportunidades para voltar a trabalhar, apesar de estar disponível no mercado há apenas quatro meses, após a demissão na Roma, em janeiro. Ele indicou que não consegue ficar parado por muito tempo.

- Não tenho medo, não penso em me proteger. Alguns técnicos são mais espertos do que eu, escolhem sempre o trabalho certo, com as condições certas para ter sucesso e protegem-se. Podem estar fora um ou dois anos. Mas eu quero trabalhar toda hora, só preciso sentir que estou ajudando. Às vezes é injusto, não se pode esperar que se vença quando o clube não é o mais poderoso. Mas aceito o desafio.

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